sexta-feira, 1 de julho de 2011



Emily L. faz poemas, mas não fala sobre isso. Seu desejo é o de escrever. Seu desejo, ela o recebe como uma compulsão. Muito antiga. Antiga demais. Eu associo àquela que acometia os caçadores da pré-história, nas noites de primavera. Eu vejo a literatura assim, como um algo comparável à caça pré-histórica. Quando nenhuma palavra tinha sido escrita. Eu a vejo chegar assim. Com essa força que levanta os homens (...) Escrever é também isso, esse apetite de carne fresca, de matança, de marcha, de consumação da força. É também essa cegueira. (Marguerite Duras, in depoimento ao Nouvel Observateur)

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